4. ASPECTOS SÓCIOECONÔMICOS
Na colonização, Assis Chateaubriand era o símbolo da esperança e do progresso. O progresso aqui era a “olho nu” e no início contava com aproximadamente 100 mil habitantes (1969). Era gente vinda de todas as partes do Brasil e já havia sido concluído o ciclo do café, do milho e do arroz, ou seja, da chamada “lavoura branca” e tinha iniciado a temporada ou ciclo da hortelã.(MAIOR, L. S. História do Município de Assis Chateaubriand: o encontro das correntes migratórias na última fronteira agrícola do estado do Paraná. Maringá: Clichetec, 1996, p 277)
O Oeste do Paraná comportou-se em três fases,
a partir de sua colonização:
·
A
primeira fase é da economia extrativista e de subsistência familiar nas décadas
de 1950 e 1960.
·
A
segunda fase, concentrada nas décadas de 1970 e 1980, período de modernização
na produção agrícola, sendo implantada a cultura da soja, trigo, algodão e
milho.
·
A
terceira fase é a da década de 1990 e o novo milênio, marcada pela
diversificação na base agropecuária e pela busca de alternativas da
agroindustrialização e de competitividade.
No início da colonização de Assis
Chateaubriand, onde tudo era mata virgem, a principal fonte de renda era a
agricultura comercial e principalmente a agricultura de subsistência para os
que chegavam na região. A primeira forma de agricultura foi o cultivo de
hortaliças, mandioca, feijão, arroz e milho, criação de pequenos animais como
porco, galinha e gado. Com a derrubada das matas, a escala de produção aumentou
passando a plantar, em grande escala, estas culturas e o café em áreas altas,
ou seja, nas cabeceiras dos lotes devido às geadas.
Com a introdução da lavoura branca, houve uma
produção contínua, mesmo ainda com o plantio manual, devido aos tocos e madeira
derrubados nas propriedades. Surge assim, o ciclo da hortelã, que empregou
grande quantidade de gente, pois sua mão-de-obra era grande até a extração de
óleo. Com a mecanização (década de 1960), com a entrada da soja no mercado,
houve um êxodo rural, fato mundial, onde parte da mão-de-obra fora absorvida
por máquinas e implementos agrícolas, e com tal mecanização foram surgindo o
algodão, o trigo e outras culturas até os dias de hoje (2004). A pecuária foi
sempre constante na produção do Município, sendo para a subsistência bem como
para a comercialização.
-
Produção Agrícola:
Algodão, arroz irrigado, amendoim das águas,
arroz sequeiro, fumo, feijão das águas, feijão da seca, milho safrinha, milho
safra normal, mandioca industrial, soja safra normal, trigo, banana, uva da
mesa, alface, abóbora, abóbora-tetsukabuto (kabotia), beterraba, batata doce,
couve-flor, cenoura, feijão vagem, pimentão, pepino, repolho, capineira,
semente de soja, semente de trigo, mudas essenciais de flores nativas, soja
orgânica.
-
Produção Pecuária:
Bovinos, leite, bezerros,
bezerras, garrotes, novilhas, touros, vacas para cria, vacas para corte,
suínos, suínos-raça, ovos, ovos férteis de codorna, aves de corte, aves de
postura, aves caipiras, mel, cama de aviário, esterco de suínos/bovinos,
alevinos, cat-fish, bagre, carpa, tilápia.
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